Um tanto bem maior...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Revirar para Inovar e ser feliz!

Desde o colegial eu já sabia qual profissão queria seguir. Nunca tive dúvida sobre esse ou aquele curso. Por mim, nem preencheria o campo de segunda e terceira opção no formulário do vestibular. Pra ser sincera, imaginava aqueles que desistiam ou que notoriamente (em minha opinião) não se enquadravam no perfil de jornalista, como pessoas alienadas, que não sabiam o que queriam por não se conhecerem. E foi aí que o destino me pregou uma peça.
Após cursar os quatro anos de jornalismo, me perdendo em meio a bares, diversões e decepções com relação à realidade prática da profissão, resolvi ir à busca de outro caminho. Cursei alguns anos de direito, e confesso que minha escolha foi feita pela segurança financeira que eu via na profissão de advogado.
Lembro que entrei nesta faculdade em 2005 e na minha sala havia vários estudantes compenetradíssimos, participativos. Eles eram o combustível das aulas. Soube que estes eram estudantes contemplados com algumas das 178 mil bolsas do ProUni, Programa Universidade para Todos, que até então eu nem sabia da existência.
A vontade destes alunos misturada com garra, esperança e luta era uma das coisas que mais me faziam pensar: o que eu estou fazendo aqui? Não nasci pra isso. Não estou feliz. E o mais desestimulante era a certeza de que eu jamais seria uma excelente profissional trabalhando com o aquilo que não gostava. Pela segunda vez mudei meu caminho. Enchi meu peito de coragem e aos 28 anos retornei à faculdade de jornalismo com sede de realização.
Admito que a felicidade que senti ao encontrar-me novamente foi indescritível e infinita. E imagino que este deve ser o sentimento daqueles que provavelmente nunca teriam a oportunidade de cursar uma faculdade e sentiam seus destinos traçados de uma forma que não planejaram.
Posso dizer o quão magnífico é ser o que escolhemos ser. Por mais que pareça vago. Mas quem vive essa realidade, sabe o quanto brilha e ilumina a luz no fim do túnel.

Carolina Bertholini Freudenthal

É o fundo do poço? Bate com o pé bem forte no chão e sobe!

Frente a tantos desastres naturais que vêm assolando algumas regiões do país e do mundo, observando ao sofrimento daqueles que perderam suas casas e familiares, após escorrer algumas lágrimas de tristeza, encontrei uma reflexão bastante interessante.


Recomeçar. O que pode ser mais difícil do que perder tudo após anos, quem sabe décadas, de muita batalha para estruturar nossas vidas e assistir, de mãos atadas, a correnteza de uma devastadora enxurrada arrastando absolutamente tudo? Carros, animais, pessoas.



Entretanto, cenas belíssimas de solidariedade e união entre patrão e funcionário, ricos e pobres, jovens e idosos ilustraram a luta pelo recomeço. Lavar ruas, varrer a lama, sujar mãos e pés em prol do renascimento de uma região, foi apenas o começo. Doações partiram de todo o país para que a população destes locais pudesse, minimamente, ter condições de higiene e alimentação. Cidades longínquas envolveram-se em campanhas e enviam diariamente mantimentos, água, lençóis.



Mas o ponto em que gostaria de tocar com toda essa história é outro. Se frente a tanta dificuldade, desespero e dor, essas pessoas nos mostram diariamente que é possível começar do zero, qual a grande dificuldade em cumprir nossas metas, realizar nossos sonhos, conquistar nosso espaço?!?



Este é um exemplo vivo, real, de que, se quisermos, realmente podemos. A questão é concentrar-se em nosso objetivo e ter disciplina para ir à busca do mesmo. Empecilhos e problemas sempre existirão. O que deve nos reger é a busca pelas soluções. E se possível, sempre recheada de esperança.



Vá à luta! Não se deixe abater. Resista e persista com disciplina. Acredite! Esta é a dica.

Carolina Bertholini Freudenthal